Eu, por mim mesma

Aqui deixo minhas inspirações. São coisas que sinto, que vejo e que me fazem acreditar, que o ontem existiu, que hoje é o que vivo e o amanhã só me resta esperar.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

A mulher de 50 que habita em mim saúda a todas que já existiram


                                                                                                       
Não curto ser chamada de mulher de meia idade, não gosto de rótulos. Sou mulher e pronto!
Aliás, serei mulher eternamente, sem idade, até porque de tênis, jeans e camiseta dificulta identificar a idade, pelo menos enquanto se está de costas.

Na verdade, é que, com o passar dos anos, dos aprendizados, das dores, alegrias e conquistas, eu que sou da década de sessenta, passei a não mais querer fazer parte de rótulos. Quero ser identificada por aquilo que realizei, que me tornei, e cá entre nós, pelo muito que ainda farei.

Não sou como as mulheres da minha idade de anos atrás, vivo melhor, e esse bem-estar reflete também em minhas atitudes e de como encaro os fatos no decorrer da minha vida.

Hoje se vive mais, as gerações se estendem, juventude se estende, e as crises dos quarenta, cinquenta também tendem a chegar um pouco mais tarde. 

Por isso, tenho plena consciência da idade que tenho, e o fato de não aparentar é graças a forma como eu escolhi viver. Cuido da mente, do corpo e do espírito. Procuro ter boas atitudes para comigo e com os que estão a minha volta.

Convivo com pessoas de todas as idades, e me relaciono bem com todas elas. Troco experiências, conselhos, histórias de vida. Pratico a empatia, a escuta e procura não julga-las.

Então, a idade para mim não é um fator preponderante, e sim um estado de espírito. Procuro não deixar a minha criança interior morrer e tenho plena consciência de quem sou.

Procuro cultivar um grande amor por mim mesmo todos os dias, me dando atenção, me perdoando. E quando me olho no espelho vejo todas as fases da minha vida com gratidão e amor.


E como diz a música de Lulu Santos, Tempos Modernos: "Não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir." 





domingo, 22 de março de 2020

You learn


O mundo parou...

                             

Parou para colocar a humanidade em uma reflexão induzida e coletiva.

Parou para pensarmos por alguns dias o que estamos fazendo das nossas vidas e das vidas dos que nos rodeiam.

Parou para nos fazer acordar e entender, que tudo que temos e que conquistamos às custas de muito sacrifício, nosso e de quem escolhemos para caminhada, não vai contar muito nesse momento.

Que não importa o quão suntuoso é a nossa casa, nosso carro, nossa conta bancária, porque tudo isso pode ficar para trás, tudo.

E se tudo parar para sempre? Já imaginou quantas coisas realmente importantes deixamos de fazer ao longo de nossas vidas, por medo, por falta de tempo, por preguiça, por orgulho, por não nos importarmos, por vivermos no automático.

Não vai dar tempo de perdoar, de dizer aos filhos que tudo bem eles serem como são, porque um dia também já fomos jovens e que a única coisa que queremos é que eles sejam felizes, prósperos, responsáveis.

Não vai dar tempo de dizer aos nossos pais que tudo bem a maneira que nos criou, porque foi assim que aprenderam, e está tudo bem.

Não vai dar tempo de abraçarmos as pessoas, os animais.

De sentirmos o perfume das flores, o barulho o vento e do mar e a grandeza da natureza.

Não vai dar tempo de ser quem nos propomos a ser, não vai dar tempo de voltar atrás e fazer diferente.

Não vai dar nem tempo de se arrepender, não vai dar tempo!


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Lágrimas derramadas


Ontem eu chorei.
Chorei todas as tristezas
as perdas e mágoas.

Ontem eu chorei.
Chorei as dores de minh'alma
o tempo perdido que jamais voltará.

Ontem eu chorei.
Chorei de raiva,
por tudo que fui e que deixei de ser.

Ontem eu chorei.
Me esvaziei, lavei a alma
                                                     ontem eu morri e renasci.