Começou no vagão do metrô, quando uma informação ele me solicitou.
No início não dei bola e nada de especial rolou.
Mas o cara era insistente, e telefone e e-mail no papel anotou.
Guardei por educação, sem promessa de ligação.
Mas eis que um dia o papel achei, e não é que liguei!
Ele atendeu e com um ar de surpresa logo me reconheceu.
A partir daí aguardei, e um dia um telefonema atendi.
Com um papinho de "queria te ver de novo" dei corda e me rendi.
Mas como seria o encontro se nem me lembrava do rosto, fui pensando: "e se eu não gostar?".
Sorte ou azar não sei bem definir.
Só sei que depois de três anos solteira, pelo menos um jantar eu consegui.
E ainda por cima no Dia dos Namorados, quer coisa mais feliz!
O encontro foi meio conturbado, mas o papo foi legal.
E na fila do restaurante o cara-de-pau mandou um beijo fatal!
Eu bem que gostei.
Não passou muito tempo para outro encontro acontecer.
E no escurinho do cinema a "coisa" pos-se a ferver.
Não esquentou o suficiente porque ali não era ambiente.
Mas eu não marquei bobeira e logo o convidei para um jantar.
Desta vez com direito a meu apartamento visitar.
Nem preciso comentar, que após o jantar pulamos a sobremesa
e fomos direto para o sofá.
Aí a "coisa" esquentou de verdade e até hoje, três anos depois...
Ainda não esfriou e resolvemos chamar tudo isso de AMOR.